QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU?

"Nunca desvie de seu caminho, não coma fruta caída do pé e nunca confie num homem que tenha sobrancelhas juntas; são os piores lobos."

Humor feito com tramas de aventura, fantasia e delírios. Em sua prática de encenação do 4º período, a turma BT48 conduz um experimento cênico que vai até a história mundialmente conhecida da Chapeuzinho Vermelho para dialogar o jogo do onírico que as fábulas carregam.

Na peça dirigida por Adriana Maia, os sonhos de uma garota - que como a personagem do conto de fadas também está vivendo o momento da passagem da infância para adolescência - carregam impressões e memórias desse conflito de amadurecimento. 

Uma série de referências cênicas são influenciadas pela literatura dos contos de fadas, filmes e iconografias, além de lembranças e memórias pessoais do próprio elenco em formação. Como disse Antunes Filho uma “nova velha história” se conta aqui.   

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Com a palavra, a diretora

"(...) Buscamos uma teatralidade que tocasse no fantasioso e delirante, sem abrir mão do humor. Nos fragmentos encenados não existem muitas certezas: o que existe é a dúvida e o delírio das duas meninas, Clara e Chapeuzinho que dançam e devaneiam seus desejos e medos, atraídas pelos lobos, eternos sedutores. (...) Dentro desse espaço onírico desconstruímos a palavra e inventamos uma língua: o chapeuzol. Um risco gostoso de correr. 

O trabalho foi de pedagoga e diretora, mas também de provocadora ao instigar o elenco a colocar suas dúvidas e incertezas nos ensaios para a criação do texto e das cenas. Perturbador e enriquecedor para todo mundo.(...)”

Adriana Maia